sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Greve Geral para obrigar o Governo a garantir todos os postos de trabalho na Groundforce/TAP, MACtrading, Valsan e Páginas Amarelas/PT



«O ENCONTRO para preparar a Greve Geral, para obrigar o Governo a RETIRAR O PLANO DE AUSTERIDADE, que se realiza a 13 de Novembro em Lisboa, será seguramente um passo para
ajudar a construir este caminho, através da criação de redes que reforcem a independência
das nossas organizações sindicais.
»

Perante o anúncio de despedimento de 336 trabalhadores da Groundforce, em funções no aeroporto de Faro, a sua Comissão de Trabalhadores declarou:

“Esta medida não tem que ser definitiva. Consideramos que é uma medida reversível.
Ela surge na sequência da votação do Orçamento do Estado, que anuncia o corte de 15% às empresas do Sector Empresarial do Estado. É uma decisão política do Governo e do Ministério dos Transportes.
Está fora de questão aceitar esta decisão. Iremos até ao fim do mundo para defender estes trabalhadores, para garantir os seus postos de trabalho.”

Só podemos aplaudir esta atitude e saudar a posição da Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do
Parque Industrial da Autoeuropa quando esta, expressando a sua solidariedade com os trabalhadores com
salários em atraso ou nas empresas onde estão anunciados despedimentos (nomeadamente a Groundforce, a
Valsan, a MACtrading e as Páginas Amarelas/PT), afirma:

“Os sindicatos da CGTP e da UGT têm que travar estes despedimentos; não queremos voltar a ver
políticas sindicais que competem entre si pela melhor indemnização em detrimento da garantia de
emprego”.

E, referindo-se ao anúncio do despedimento colectivo da Groundforce/TAP, declara:

“Para abrir as portas à privatização da TAP, o Governo mantêm-se quedo e mudo perante o
anunciado despedimento de 336 trabalhadores na empresa Groundforce.
Não podemos, nem devemos, aceitar um despedimento que mais não é que a substituição de
trabalhadores com direitos por mão-de-obra mais barata.
- O movimento sindical e as CTs devem exigir ao Governo a retirada destes ataques, a garantia dos
postos de trabalho, nomeadamente nas empresas onde o Estado tem capital (como é o caso das
Páginas Amarelas, através da P. Telecom, e da Groundforce /TAP).
- Chegou a hora da CGTP e da UGT integrarem, na mobilização nacional para a greve geral, a
exigência do fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas ao serviço da
economia nacional.”

É este o caminho para podermos impor as medidas que garantam o crédito e os seguros acessíveis
às pequenas empresas da Marinha Grande e de Alcobaça, bem como a redução do preço da energia
– nomeadamente nos sectores da cristalaria e das cerâmicas – como condição para impedir a sua
asfixia e, em consequência, garantir os postos de trabalho de milhares de trabalhadores.

O ENCONTRO para preparar a Greve Geral, para obrigar o Governo a RETIRAR O PLANO DE
AUSTERIDADE, que se realiza a 13 de Novembro em Lisboa, será seguramente um passo para
ajudar a construir este caminho, através da criação de redes que reforcem a independência
das nossas organizações sindicais.

Marinha Grande, 12 de Novembro de 2010
O Núcleo da Marinha Grande da Comissão pela Proibição dos Despedimentos

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