sábado, 20 de novembro de 2010

Contra a Guerra e a Exploração


 


 

Independência das Organizações dos Trabalhadores

Contra a Guerra e a Exploração

Pela dissolução da NATO

Pela retirada dos Planos de Austeridade


 

Militantes ligados à Comissão pela Proibição dos Despedimentos – respondendo ao apelo das organizações dos trabalhadores, para se manifestarem contra a guerra e pela paz – saúda-as e saúda todos quantos estão nesta manifestação, unidos no mesmo desejo de ver dissolvida a NATO e todos os outros instrumentos de guerra.

É o desejo de uma viragem histórica de toda a humanidade, cuja realização implica a constituição de governos que apostem numa paz assente na cooperação solidária entre os povos, ao serviço do desenvolvimento de todas as forças produtivas.

Todos nós nos manifestamos expressando esta aspiração perante aqueles que, sendo apresentados como os "senhores do mundo", estão reunidos em Lisboa.

Eles pretendem dispor da vida dos povos e do nosso planeta. Mas será que eles não temem a mobilização geral dos trabalhadores e dos povos de todos os países – e, até, a sua revolta generalizada – contra as consequências das suas políticas?

Políticas que têm, de um lado, os planos de austeridade para suportar a especulação e destruir as condições de vida dos trabalhadores e dos povos e, do outro lado, as despesas de armamento e a guerra.

Não falou Obama com Angela Merkel, Sarkozy, Zapatero, Sócrates e Papandréu para lhes dizer que os governos da União Europeia tinham que aplicar estes planos de austeridade?

Até quando poderão ser eles os senhores do mundo?

Até quando poderão eles contar com as armas, a NATO, a União Europeia, os chefes da Comunicação social, ou de todas as instituições que querem convencer-nos que não há outra saída senão aquela que nos é apresentada pelo capitalismo em decomposição?

Eles reúnem-se, num momento particular da vida do povo trabalhador de Portugal: na véspera de uma greve geral, convocada em uníssono pelas duas Centrais sindicais.

Milhões de trabalhadores irão fazer esta greve porque desejam a retirada do plano de austeridade.

Foi expressando este desejo que militantes de diversos sectores, reunidos num Encontro em Lisboa, a 13 de Novembro, aprovaram uma Carta às duas centrais sindicais dizendo: "Todos temos consciência que a greve geral de 24 de Novembro não irá certamente conseguir, no dia seguinte, a satisfação das legítimas exigências dos trabalhadores. Mas, pode abrir o caminho para a sua satisfação; pode garantir que se inverta a situação, que os trabalhadores, com as suas organizações sindicais (pela voz dos seus dirigentes), afirmem em uníssono: «Se o Governo não quer ouvir as nossas exigências, para parar com os despedimentos, garantir os salários por inteiro, garantir no Estado o que resta do seu sector empresarial e renacionalizar os sectores estratégicos, então não contem com as Centrais sindicais para negociar "Pactos para o Emprego", pois eles serão pactos para aumentar o desemprego.»"

Se isto for feito, em Portugal e nos outros países da Europa ou do resto do mundo, qual vai ser a capacidade dos governos da União Europeia, ou mesmo do governo dos EUA, para pôr em prática estes planos?

A necessidade de independência e de acção em comum das organizações dos trabalhadores – fora da subordinação a quem dá como orientação a concertação com estes "donos do mundo" – é hoje sentida por milhões de homens e mulheres, de militantes e de dirigentes sindicais.

Ajudemos a construir a rede, à escala nacional e internacional, que aposta neste caminho: o caminho da proibição dos despedimentos, da retirada dos planos de austeridade, das políticas de cooperação solidária, da paz duradoura, da dissolução da NATO.

É certamente esta preocupação que uma delegação de militantes portugueses irá expressar em Argel, numa Conferência Mundial contra a Guerra e a Exploração, a realizar entre os dias 27 e 29 de Novembro, com delegados de mais de sessenta países*.

Lisboa, 20 de Novembro de 2010

A Comissão Pela Proibição dos Despedimentos


 


 

* Ver informações sobre esta iniciativa em http://pous4.no.sapo.pt

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ENCONTRO para preparar a Greve Geral de dia 24/11 para obrigar o governo a RETIRAR O PLANO DE AUSTERIDADE

Mobilização pela retirada do Plano de Austeridade - 13/11/2010, 15h30  no SPGL (Sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) Rua Fialho de Almeida, nº 3, em Lisboa)



Comunicado da Coordenadora das CTs da Autoeuropa


Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial Autoeuropa

Voltam os despedimentos em massa, 700 só esta semana

Solidariedade com os trabalhadores da Mactrading, Valsan, Páginas Amarelas/PT e
Groundforce/TAP


A Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, reunida hoje, 12 de
Novembro, repudia a onda de despedimentos e encerramentos a que voltamos a assistir no Pais.
Só esta semana, são mais de 700 os trabalhadores despedidos ou em processo de despedimento colectivo.
Muitos mais se prevêem para o final do ano e início do próximo.

Os sindicatos da CGTP e da UGT têm que travar estes despedimentos; não queremos voltar a ver políticas
sindicais que competem entre si pela melhor indemnização em detrimento da garantia de emprego.

Exigimos do Governo e dos empresários politicas criativas para a manutenção do emprego e não as
politicas de “merceeiro do inicio do século passado”, que corta no mais fácil sem complexos sociais,
lançando no desemprego os seus trabalhadores ao menor corte nos lucros e continuando a auferir
escandalosos rendimentos fruto do trabalho alheio.

Para abrir as portas à privatização da TAP, o Governo mantêm-se quedo e mudo perante o anunciado
despedimento de 336 trabalhadores na empresa Groundforce.
Não podemos, nem devemos, aceitar um despedimento que mais não é que a substituição de trabalhadores
com direitos por mão-de-obra mais barata.

Este despedimento feito por mail: é uma tentativa da asiatização das relações laborais em Portugal.
Expressamos a nossa solidariedade com a luta dos trabalhadores da Groundforce, bem como com todos os
trabalhadores vítimas de salários em atraso e/ou processos de despedimento e afirmamos que:

- O movimento sindical e as CTs devem exigir ao Governo a retirada destes ataques, a garantia dos postos
de trabalho, nomeadamente nas empresas onde o Estado tem capital (como são o caso das Páginas
Amarelas, através da P.Telecom, e da Groundforce /TAP).

- Chegou a hora da CGTP e da UGT integrarem, na mobilização nacional para a greve geral, a exigência do
fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas ao serviço da economia nacional.

Não aos despedimentos

Palmela 12 de Novembro de 2010

Coordenadora das CTs.do Parque Industrial da Autoeuropa

Greve Geral para obrigar o Governo a garantir todos os postos de trabalho na Groundforce/TAP, MACtrading, Valsan e Páginas Amarelas/PT



«O ENCONTRO para preparar a Greve Geral, para obrigar o Governo a RETIRAR O PLANO DE AUSTERIDADE, que se realiza a 13 de Novembro em Lisboa, será seguramente um passo para
ajudar a construir este caminho, através da criação de redes que reforcem a independência
das nossas organizações sindicais.
»

Perante o anúncio de despedimento de 336 trabalhadores da Groundforce, em funções no aeroporto de Faro, a sua Comissão de Trabalhadores declarou:

“Esta medida não tem que ser definitiva. Consideramos que é uma medida reversível.
Ela surge na sequência da votação do Orçamento do Estado, que anuncia o corte de 15% às empresas do Sector Empresarial do Estado. É uma decisão política do Governo e do Ministério dos Transportes.
Está fora de questão aceitar esta decisão. Iremos até ao fim do mundo para defender estes trabalhadores, para garantir os seus postos de trabalho.”

Só podemos aplaudir esta atitude e saudar a posição da Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do
Parque Industrial da Autoeuropa quando esta, expressando a sua solidariedade com os trabalhadores com
salários em atraso ou nas empresas onde estão anunciados despedimentos (nomeadamente a Groundforce, a
Valsan, a MACtrading e as Páginas Amarelas/PT), afirma:

“Os sindicatos da CGTP e da UGT têm que travar estes despedimentos; não queremos voltar a ver
políticas sindicais que competem entre si pela melhor indemnização em detrimento da garantia de
emprego”.

E, referindo-se ao anúncio do despedimento colectivo da Groundforce/TAP, declara:

“Para abrir as portas à privatização da TAP, o Governo mantêm-se quedo e mudo perante o
anunciado despedimento de 336 trabalhadores na empresa Groundforce.
Não podemos, nem devemos, aceitar um despedimento que mais não é que a substituição de
trabalhadores com direitos por mão-de-obra mais barata.
- O movimento sindical e as CTs devem exigir ao Governo a retirada destes ataques, a garantia dos
postos de trabalho, nomeadamente nas empresas onde o Estado tem capital (como é o caso das
Páginas Amarelas, através da P. Telecom, e da Groundforce /TAP).
- Chegou a hora da CGTP e da UGT integrarem, na mobilização nacional para a greve geral, a
exigência do fim da onda de despedimentos e a defesa das empresas públicas ao serviço da
economia nacional.”

É este o caminho para podermos impor as medidas que garantam o crédito e os seguros acessíveis
às pequenas empresas da Marinha Grande e de Alcobaça, bem como a redução do preço da energia
– nomeadamente nos sectores da cristalaria e das cerâmicas – como condição para impedir a sua
asfixia e, em consequência, garantir os postos de trabalho de milhares de trabalhadores.

O ENCONTRO para preparar a Greve Geral, para obrigar o Governo a RETIRAR O PLANO DE
AUSTERIDADE, que se realiza a 13 de Novembro em Lisboa, será seguramente um passo para
ajudar a construir este caminho, através da criação de redes que reforcem a independência
das nossas organizações sindicais.

Marinha Grande, 12 de Novembro de 2010
O Núcleo da Marinha Grande da Comissão pela Proibição dos Despedimentos

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Encontro da Comissão pela proibição dos Despedimentos: Mobilização pela retirada do Plano de Austeridade - 13/11/2010 no SPGL


ENCONTRO para preparar a Greve Geral
Para obrigar o governo a
RETIRAR O PLANO DE AUSTERIDADE

Sede do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) Rua Fialho de Almeida,
nº 3, em Lisboa

Perante o novo Plano de Austeridade de corte nos salários, nos subsídios
sociais, nos serviços públicos e de aumento dos impostos e do custo de vida a CGTP e a UGT convocaram uma greve geral para o dia 24 de Novembro.

A aspiração de todos os trabalhadores é que esta greve seja um passo
em frente para virar a política do nosso país no sentido da produção, do
desenvolvimento, da proibição dos despedimentos, da transformação de todo o
trabalho precário em trabalho efectivo e com direitos.

Enquanto esta aspiração domina o pensamento de milhões de trabalhadores,
o que se passa é o matraquear constante dos defensores do sistema e da
União Europeia de que são inevitáveis estes planos de austeridade, bem
como o Orçamento de Estado que os contém. De que são inevitáveis os
despedimentos, o trabalho sem direitos, os cortes no Serviço Nacional de
Saúde, na Educação e na Justiça, no Poder local e em todos os serviços
públicos.

Sim, essas medidas são inevitáveis para todos quantos querem manter
o sistema capitalista, à custa de todos os artifícios da especulação, à
exploração e à guerra.

Para os trabalhadores não são inevitáveis os encerramentos das fábricas, as
deslocalizações, a destruição dos países, nem as ditaduras, nem a guerra.

Estamos de acordo com a UGT quando declara que o PEC 3 prepara um PEC
4, que o Orçamento do Estado com estes PECs só vai provocar mais
desemprego, mais sacrifícios e desigualdade; tal como quando diz que a greve
geral precisa de ser bem sucedida, como a de 1998, quando foi derrotado o
projecto de Cavaco Silva de liberalização dos despedimentos sem justa causa.

Estamos de acordo com a CGTP quando afirma que é neste caldeirão social
em que nos movimentamos, no qual somos actor importante, que se geram
as condições para as alternativas políticas; acrescentando que é preciso
tomarmos nas nossas mãos o destino do país, pois não se pode continuar
pelos caminhos em que nos encontramos, porque por aí vamos para o
abismo.

Nós queremos ajudar a construir as condições para essa nova alternativa.
Nós queremos, com todos os trabalhadores, uma greve geral bem sucedida,

e pensamos em particular nos trabalhadores precários que irão pensar, duas
vezes, se poderão responder ao apelo das Centrais sindicais.
Para vencer este medo legitimamente compreendido pelos trabalhadores
efectivos, para fazer da greve geral um fortíssimo passo em frente na derrota
daqueles que colocam os trabalhadores nesta difícil situação, nós pedimos a
Manuel Carvalho da Silva e a João Proença, para que se dirijam em particular
a estes trabalhadores e aos desempregados ou ameaçados de desemprego.
Digam-lhes, publicamente, que esta greve geral é para impor um recuo ao
Governo que está a mando do BCE e da União Europeia na aplicação dos
PECs e das condições de precariedade a que estão sujeitos.

Expressem claramente as legítimas aspirações dos trabalhadores que
representam, os quais exigem:

- O levantamento do corte nos salários e subsídios das famílias trabalhadoras

- O aumento das pensões de reforma e dos salários, em particular do salário
mínimo nacional

- A suspensão do processo de privatizações, nomeadamente dos Correios,
da TAP, dos Estaleiros de Viana do Castelo e da Companhia de Seguros
integrada na Caixa Geral de Depósitos

- A renacionalização dos sectores estratégicos da economia (Banca, seguros,
energia, telecomunicações), direccionando-os para o apoio às pequenas e
médias empresas, nomeadamente através do crédito e da energia a preços
mais favoráveis.

Agindo sobre esta linha de orientação na preparação da greve geral e para
a reforçar, e, em simultâneo, para reforçar a rede de militantes que, por toda
a parte, a defenderem, propomos a realização de um Encontro no dia 13
de Novembro, às 15 h 30 m, na Sede do Sindicato dos Professores da
Grande Lisboa (SPGL) Rua Fialho de Almeida, nº 3, em Lisboa.

Primeiros signatários: Adélia Gomes (SPGL-CGTP); Ana Sofia Cortes (STFPSA-

CGTP); Ana Tavares (membro da Coordenadora dos professores contratados do SPGL);
Carlos Melo (SBSI-UGT); Carmelinda Pereira (dirigente do POUS); Helena Carvalho
(SINTAP-UGT); Isabel Pires (dirigente do SPGL); Joaquim Pagarete (membro da
Coordenadora dos professores aposentados do SPGL); José Lopes (SINTICA); Nuno
Antunes (estudante do ISCSP); Paula Montez (membro da Comissão pela Proibição dos
Despedimentos) 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Convocatória da reunião da Comissão pela Proibição dos Despedimentos de 29/Outubro




Para ajudar a que a organização da greve geral tenha um objectivo claro – a retirada do Plano de austeridade / desemprego
Reunião dia 29 de Outubro, 6ª feira
pelas 21 horas, nas instalações cedidas pelo POUS
(Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, em Lisboa)

Quem somos?
Somos militantes de diferentes correntes do movimento operário ligados ou não a partidos políticos que temos em comum os seguintes entendimentos:
A situação em que se encontra o nosso país e a sua população trabalhadora, com plano de austeridade atrás de plano de austeridade, não tem que ser uma fatalidade. Só o é enquanto se mantiver uma política às ordens dos especuladores e das multinacionais.
1.       Portugal tem recursos materiais e potencial humano suficientes para poder tornar-se num país desenvolvido, criador da riqueza necessária para poderem ser garantidos tanto postos de trabalho com direitos para todos, como os serviços públicos e a Segurança Social.
2.       Para isso, o país precisa de um outro modelo de governação que adopte um Programa de desenvolvimento nacional, capaz de envolver todos os sectores da população trabalhadora no exercício do seu poder democrático.
3.       Este Programa de desenvolvimento terá obrigatoriamente como matriz central a garantia dos postos de trabalho, a proibição dos despedimentos e o controlo dos sectores estratégicos da economia – da Banca e seguradoras à energia e às telecomunicações – para estes serem colocados ao serviço do desenvolvimento do aparelho produtivo nacional.
4.       O sentido do voto da maioria dos trabalhadores e das populações – nas eleições legislativas realizadas em Portugal depois do 25 de Abril – tem tido como resultado, quase sistematicamente, a eleição de maiorias dos partidos que, historicamente, estão ligados ao movimento operário, para que estes assumam um tal Programa.
5.       No entanto, todos os governos saídos dessas maiorias têm feito o contrário. Cite-se, como exemplo, o governo de Sócrates que até recusou fazer um referendo sobre o Tratado de Lisboa ou as emendas aos aspectos mais gravosos do Código do Trabalho.
6.       Por outro lado, as mobilizações contra esta política contrária ao sentido do voto do povo encontram-se fechadas no quadro da divisão das fileiras operárias e da “concertação social” – impedindo a classe trabalhadora de se unir e centralizar o seu movimento na Assembleia da República, para impor o respeito pelo mandato que deu aos deputados. Citemos as mobilizações contra o projecto de Código do trabalho, contra a flexigurança, ou as mobilizações dos professores e dos restantes funcionários públicos.
7.       Estamos seguros que as nossas aspirações são certamente partilhadas por muitos milhares de militantes ligados aos diferentes sindicatos e partidos políticos que mergulham as suas raízes nas lutas da classe operária.
8.       Queremos contribuir para a ligação de todos estes militantes, para o alargamento da consciência colectiva, actualmente aprofundada com as destrutivas medidas do novo Plano de austeridade e a perspectiva da Greve geral convocada, em simultâneo, pelas direcções da UGT e da CGTP.
9.       Sempre afirmámos que os trabalhadores, unidos com as suas organizações, têm capacidade para inverter, numa direcção positiva, o curso dos acontecimentos, e por isso nos batemos pela unidade das Centrais sindicais – UGT e CGTP – para a retirada dos PECs.
10.    Assim, saudando o passo positivo dado pelas duas Centrais sindicais, afirmamos que a greve, para ser bem sucedida, precisa de ser convocada com o objectivo de ser retirado o Plano de Austeridade – do corte nos salários e pensões de reforma à garantia dos postos de trabalho.
11.    Para ajudar a organizar a preparação desta greve geral, sobre esta linha, propomos uma reunião a realizar no dia 29 de Outubro, em instalações cedidas pelo POUS, na Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, em Lisboa.
Lisboa, 21 de Outubro de 2010
Apelam a esta reunião: António Serra, Carmelinda Pereira, Isabel Pires, Jaime Crespo, Joaquim Pagarete, José Luís Teixeira, Paula Montez, Rosa Pereira

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Notícias da Comissão pela Proibição dos Despedimentos sobre a "golden share" da PT

Renacionalização da PT!

Rejeição das imposições das instituições da União Europeia que intima o Estado português a abandonar a “golden share” que tem na PT!
Garantia dos postos de trabalho e de todas as reivindicações dos trabalhadores da PT, expressas pelos seus sindicatos e comissão de trabalhadores!
Unidade da CGTP e da UGT para a retirada dos PECs!


http://proibicaodosdespedimentos.blogspot.com

Notícias da Comissão pela Proibição dos Despedimentos sobre a "golden share" da PT

(consultar este link)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carta à Comissão para a constituição da Aliança Europeia dos Trabalhadores (AET)


 

Carta à Comissão para a constituição da Aliança Europeia dos Trabalhadores (AET)


 

Militantes portugueses de diferentes correntes do movimento operário – agrupados na Comissão pela Proibição dos Despedimentos e pela Retirada do PEC – reunimos, a 4 de Julho, para tomar conhecimento e discutir as decisões aprovadas na Conferência Operária Europeia de Berlim, realizada a 19 e 20 de Junho.


 

Decidimos:


 

  1. Saudar e apoiar a decisão de constituir uma Comissão para a Aliança Europeia dos Trabalhadores;
  2. Saudar e apoiar a decisão de mandatar esta Comissão para estar presente na Conferência Mundial Aberta de Argel, a ter lugar no final do próximo de Novembro;
  3. Apoiar a decisão de inscrever entre as iniciativas práticas internacionais a levar a cabo pela Comissão para a AET as acções para a retirada das sentenças proferidas pelo Tribunal Europeu de Justiça (TEJ) contra as conquistas democráticas e sociais de diferentes países da Europa, pondo em causa a sua própria soberania.


 

Neste sentido, dirigimo-nos à Comissão para a AET para que esta informe todo o movimento sindical e os partidos políticos que mergulham as suas raízes na luta da classe operária sobre a decisão da Comissão Europeia de ter recorrido ao TEJ para que este – à luz dos Tratados da União Europeia – obrigue o Estado português a abandonar as posições de controlo que ainda possui sobre empresas que foram privatizadas, nomeadamente a Portugal Telecom (PT).

A sentença do TEJ, esperada pela Comissão Europeia para o dia 8 de Julho, visa proteger e caucionar o negócio especulativo levado a cabo por accionistas da Telefónica, da PT e da VIVO (do Brasil).

Este negócio visa a destruição das empresas de telecomunicações, cuja importância é estratégica para cada país, ao mesmo tempo que provoca despedimentos e degrada as condições de trabalho nestas empresas.


 

Lisboa, 4 de Julho de 2010


 

A Comissão pela Proibição dos Despedimentos e pela Retirada do PEC

Comunicação de Aires Rodrigues na conferência de Berlim

Berlim, 20 de Junho de 2010


 

Caros camaradas,


 

Venho de Portugal.

Alguns números que ilustram como se repercute no meu país esta política ditada pelas instituições financeiras internacionais:


 

  • Em 2008, o desemprego correspondia a 7,6 % da população activa e a dívida externa a 91% do PIB;


 

  • Em Junho de 2010, o desemprego atingia 10,8% e, em finais de 2009, a dívida externa era de 117 % do PIB. Segundo a CGTP, 370 mil desempregados não recebem subsídio de desemprego;


 

  • Acabam de aprovar um PEC que impõe:


 

  • O congelamento dos salários na Função Pública;


 

  • Um imposto sobre o rendimento (IRS) também para as pequenas reformas;


 

  • Privatização do que resta das empresas nacionalizadas e dos serviços públicos;


 

  • Redução draconiana, no Serviço Nacional de Saúde e no Ensino Público (com o encerramento de escolas em várias cidades e aldeias).


 

  • Redução do montante e da duração do subsídio de desemprego.


 

Muitos camaradas falaram de situações semelhantes nos seus países.

Gostaria agora de focar dois aspectos:


 

A política dos aparelhos políticos e sindicais e a resistência da classe operária portuguesa


 

O Partido Socialista no governo – que recebeu a maioria nas últimas eleições legislativas, para responder às aspirações das massas –, em nome dos imperativos ditados pelo capital financeiro, é obrigado a tudo desmantelar, abrindo uma enorme crise no seu seio.


 

Por outro lado, a política de divisão das duas centrais sindicais (a CGTP e a UGT) procura conter a resistência da classe, que, apesar de tudo, se exprime:


 

  • Há dois anos, a resistência ao desmantelamento dos serviços de saúde, conduziu à demissão do Ministro da Saúde.

    Estes movimentos de resistência abriram a via a mobilizações históricas dos professores, que punham na ordem do dia a queda da Ministra e do próprio governo.

    Foi o Secretário-Geral da CGTP que, a pedido do Ministro dos Assuntos Sociais, veio "ajudar" a encontrar um acordo com a Ministra, para prosseguir a mesma política. É a "política do consenso" que aqui se exprime, e também diariamente, nas reuniões de concertação social: governo, associações patronais e centrais sindicais.

    No entanto, a 29 de Maio, 300.000 trabalhadores desfilaram, em Lisboa, ao apelo da CGTP. O Secretário-Geral da CGTP foi obrigado a lançar um apelo à unidade de todos os sindicatos, para uma mobilização mais larga, sem excluir uma greve geral. Duas semanas depois, esta acção foi substituída, por acções "de protesto" dispersas por todo o país.


     

  • Queria agora sublinhar um elemento subjectivo, que ajudou e poderá ser marcante para a continuidade da resistência e unidade da classe trabalhadora.

    Uma Comissão de Ruptura com a União Europeia e pela Proibição dos Despedimentos foi constituída em Setembro de 2008, conduzindo em 2009 uma campanha pública, durante as eleições europeias e, em seguida, nas eleições legislativas.

    Após as eleições, esta campanha prosseguiu, pela realização de um "Encontro Nacional pela Proibição dos Despedimentos", em Fevereiro último, em Lisboa, juntando, entre outros, um dirigente mandatado pelo Conselho Nacional da CGTP, dirigentes sindicais dos sectores do vidro e do ensino, bem como membros de Comissões de Trabalhadores de outros sectores importantes: vidro de embalagem, cartão, plástico e serviços aduaneiros. Este Encontro teve ainda um conteúdo ibérico, através da participação de camaradas espanhóis das CCOO (a nível confederal) e da UGT.

    Neste Encontro foi aprovado um documento nacional, contendo:


     

    • A proibição dos despedimentos
    • A rejeição do PEC
    • A solidariedade com os trabalhadores gregos
    • Uma resposta positiva à carta dos camaradas alemães, para participar nesta Conferência.


       

    • Na continuação desta actividade foram ainda aprovadas moções de apoio a esta Conferência, da Comissão de Trabalhadores da Auto Europa/Volkswagen e de trabalhadores de empresas do vidro.


 

Em minha opinião, esta Conferência pode constituir um ponto de apoio, no futuro imediato, para a resistência dos trabalhadores nos outros países da Europa.


 

Para além de outras propostas avançadas, como a de constituir uma Comissão para uma Aliança Europeia dos Trabalhadores, de preparar uma delegação à Conferência Mundial Aberta, em Argel, queria apoiar a proposta do camarada Souster, de Dusseldorf, de colocar no centro a luta prática contra as decisões do Tribunal de Justiça Europeu. Isto permite-nos lançar campanhas internacionais, sobre decisões importantes, para os trabalhadores dos países atingidos por estas condenações. Portugal sofreu já várias condenações pela utilização, pelo Estado Português, de uma "Golden Share" em antigas empresas públicas.


 

Para terminar, queria deixar-vos esta mensagem: a Revolução Portuguesa não foi liquidada. As Comissões de Trabalhadores, criadas com a Revolução, ganham agora um novo papel. Elas têm experiência, feita a seguir ao 25 de Abril de 1974, de como coordenar as CT's da banca, dos aeroportos, das alfândegas, para impedir a fuga de capitais e abrir o caminho à nacionalização da Banca.


 

Todos compreendem isto, tanto os especuladores (os exploradores) como os trabalhadores. Esta situação está de novo colocada na ordem do dia.

sábado, 5 de junho de 2010

Convocatória

Cara(o) camarada,

Os novos inquisidores ao serviço dos donos do capital financeiro vão ditando aos governos através da União Europeia e do FMI, o aperto tarraxa materializado na subida das taxas de juro, como condição para espoliarem os trabalhadores e os povos. Espoliarem sempre mais: veja-se o que já anuncia o PSD, como condição para o governo português ir buscar mais um "empréstimo", desta vez ao "Fundo de Segurança Europeia" – desregulamentar ainda mais as leis laborais!

O que fazer? Como sair deste cerco e desta chantagem, atrás da qual os grandes deste mundo se colocam? Não veio o Secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, dizer aos dirigentes europeus, aquando da sua passagem por Londres, que "os programas de reforma, ao nível orçamental, contêm bons elementos – não somente na Alemanha, como no resto da Europa. Estou convencido que os governos farão o que é necessário para que as coisas funcionem."?

Eles precisam de mais dinheiro real, retirado do nosso trabalho, para poderem continuar a especular.

O que fazer depois da Manifestação do passado dia 29, no caso do nosso país?

Carvalho da Silva apelou a todos, apelou aos jovens em particular, prometendo transformar aquela imensa energia numa luta sem tréguas até se encontrar um novo rumo para Portugal.

Como fazê-lo?

Será possível um novo rumo, sem rompermos com quem nos espolia e destrói as bases da nossa vida democrática?

Alguns camaradas diziam, na manifestação: "Estamos aqui todos. E, depois o que fazer? Parece que daqui a pouco, quando nos separarmos, já estou a ver como vou ficar com uma sensação de vazio."

Uma delegação desta Comissão foi recebida esta semana pela direcção da UGT. Na nossa reunião serão dadas informações sobre este encontro.

Que iniciativas poderemos tomar? Como preparar uma contribuição portuguesa para a Conferência de Berlim?

É para debater estas questões que propomos a realização de uma reunião na próxima quarta-feira, dia 9 de Junho, pelas 21 horas, nas instalações do POUS (situadas na Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, em Lisboa).

Saudações fraternas

Pel'A CPD

Carmelinda Pereira

domingo, 30 de maio de 2010

COMISSÃO PELA PROIBIÇÃO DOS DESPEDIMENTOS

COMISSÃO PELA PROIBIÇÃO DOS DESPEDIMENTOS

http://proibicaodosdespedimentos.blogspot.com

Unidade para parar com os ataques à vida da população trabalhadora!

Ruptura com os planos de austeridade de União Europeia e do FMI!

"Vamos ter que ser nós – os mais velhos e os mais novos – a ter que confluir no encontrar de soluções para o nosso país", afirmou Carvalho da Silva, à SIC Notícias, a 28 de Maio.

Sim, vamos ter que ser nós – trabalhadores de diferentes gerações e de diferentes sectores da sociedade portuguesa – a ter que tomar em mãos os nossos destinos, para encontrar um novo rumo para Portugal e, desde já, parar com o processo de destruição imposto pela União Europeia e pelo FMI.

Por isso, estamos aqui às centenas de milhar, respondendo ao apelo da CGTP.

Tal como nós, estão os trabalhadores da Grécia, da Espanha, da Itália, da França, da Roménia ou da Alemanha: todos no mesmo barco; todos a procurar responder aos ataques do sistema capitalista, agora mergulhado numa profunda crise financeira.

Mas, em toda a parte, os trabalhadores se interrogam: porque não é possível parar estes ataques, quando as greves e as manifestações se desenvolvem por toda a parte? Porque não há unidade entre nas nossas organizações para impor uma viragem em toda a Europa?

O que falha na estratégia de acção do movimento sindical, que não leva à unidade para impor aos governos que se desamarrem das malhas do capital financeiro e das instituições que agem à conta dele?

O Secretário-Geral da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) – grande defensor da concertação e do consenso, com as directivas da União Europeia e do FMI – afirma que "é preciso reconciliar o crescimento com o pagamento da Dívida".

Que crescimento pode ser feito com as medidas contidas no PEC: dos cortes nos salários, nas reformas e nos subsídios de desemprego, à subida dos impostos, bem como dos cortes no investimento público às privatizações?

Que "dívida" defende a CES que o povo pague? Os 24 mil milhões de euros postos à disposição dos bancos, de que fazem parte os quatro mil milhões enterrados no BPN?

Não será necessária uma demarcação e uma denúncia em relação à CES?

Estas são as dificuldades que estão colocadas à luta dos trabalhadores de toda a Europa, e cuja discussão é urgente.

Sindicalistas e militantes da Alemanha estão a preparar uma Conferência de urgência, com delegações de todos os países da Europa, a realizar em Berlim, nos dias 19 e 20 de Junho. O objectivo é proporcionar as condições para um debate fraterno entre militantes, que leve à procura de respostas para os problemas com que estamos confrontados em cada um dos nossos países.

A Comissão pela proibição dos Despedimentos – que integra militantes de diferentes correntes políticas, empenhados em contribuir para ajudar a criar as condições que imponham ao Governo a ruptura com o PEC e a adopção de um programa de medidas para o desenvolvimento de Portugal, a começar pela proibição dos despedimentos – informa os trabalhadores portugueses sobre esta iniciativa e convida a que a apoiem, ajudando a organizar uma delegação portuguesa à Conferência de Berlim.


 

Cara(o) camarada,

Se está de acordo com esta iniciativa, se quer ser contactado, deixe o seu contacto, dê apoio financeiro.


 

A Comissão pela Proibição dos Despedimentos


 

Contactos: Carmelinda Pereira TM - 966368165        Paula Montez TM - 967636341

Comunicado do POUS distribuído na Manif


Partido Operário de Unidade Socialista

Secção portuguesa da IVª INTERNACIONAL

É preciso parar a ofensiva destruidora!

Retirada do PEC!

Pela Defesa da Democracia e da construção da União Livre das Nações Soberanas da Europa!

Ruptura com a União Europeia!

É inquestionável que Portugal precisa de um Governo que aposte em pôr em prática um plano de desenvolvimento do nosso país, um plano que potencialize os nossos recursos, quer materiais quer humanos, criando centenas de milhar de postos de trabalho com direitos, gerando assim a riqueza necessária à manutenção de todos os serviços públicos, e garantindo a defesa e o aprofundamento da democracia.

A aplicação das directivas das instituições da União Europeia e as indicações do FMI – às quais se submete o actual Governo, na continuidade dos anteriores – põe na ordem do dia o contrário desta orientação e aprofunda brutalmente a crise económica, social e política do nosso país.

Basta ver como, nos últimos dez anos, o défice externo anual passou a ser de 10% do PIB, quando, em 1986 – ano de adesão de Portugal à CEE – havia equilíbrio na Balança de pagamentos, contrastando com o saldo negativo de 16 884 milhões de euros, relativo a 2009!

Por isso, para o POUS, romper com o ciclo de destruição do país é romper com as instituições da União Europeia e do FMI. Outras forças políticas não explicitam desta forma a saída positiva para Portugal. Mas, todas reconhecerão que esta proposta faz parte da discussão a ter lugar no seio do movimento dos trabalhadores e das suas organizações.

No entanto, seja qual for a posição que se possa ter sobre a saída para a crise do nosso país, trata-se de unir esforços, procurando que cada força militante dê a sua contribuição para impor, desde já, a retirada do novo PEC.

Foi expressando esta preocupação que uma delegação de militantes (uns do POUS e outros sem filiação partidária) foi recebida pelo Presidente do Grupo Parlamentar do PS. No diálogo que teve lugar, este dirigente do PS afirmou partilhar, em grande parte, as nossas preocupações, dizendo que o mesmo se passava com o conjunto dos deputados do PS; mas que, para ele e para o seu Grupo Parlamentar, não havia outra solução senão cumprir as exigências da União Europeia, aceitando a chantagem dos especuladores.

Aceitar a chantagem dos especuladores? Aceitar a privatização do que resta das posições do Estado Português na EDP e na GALP? Aceitar privatizar a maior companhia de seguros nacional e, em consequência, alienar perto de 25% da Caixa Geral dos Depósitos?

Para este dirigente não existe força da parte da esquerda europeia, apesar de à frente de Portugal, da Grécia e de Espanha estarem os partidos socialistas dos respectivos países!

Não resta então outro caminho, senão o da mobilização dos trabalhadores com as suas organizações, para impor ao Governo e aos deputados eleitos pelo povo que rompam com a ditadura dos especuladores, e tomem as medidas necessárias ao desenvolvimento do nosso país!

Com esta convicção, militantes do POUS, integrando a Comissão pela Proibição dos Despedimentos, falaram com um dirigente e deputado do PCP, que corroborou a posição do seu partido contra o PEC.

Esta posição é assumida pela CGTP e pelos seus sindicatos, bem como por outros dirigentes sindicais e militantes da UGT. (Veja-se a greve conjunta realizada no sector dos transportes, contra o congelamento dos salários e contra as privatizações naquele sector).

Mas, chegam as fortes mobilizações para mudar o curso dos acontecimentos?

Os trabalhadores questionam-se, e com razão: porque não há uma frente unida de todos os sindicatos, para parar de vez com estes ataques?

Os professores – que se manifestaram em número superior a 100 mil, por duas vezes – perguntam por que razão estão praticamente na mesma, com um estatuto desfigurado, sem vínculo público e com mais de 30 mil contratados a prazo.

Não foram os acordos assinados com o Ministério da Educação um passo em falso e um travão para a luta dos professores e dos outros trabalhadores?

Este é o problema que está colocado aos trabalhadores de todos os países da Europa. Em todos eles há manifestações, greves e jornadas de luta; os trabalhadores gregos, por exemplo, já fizeram cinco greves gerais e a ofensiva destruidora prossegue!

Não será isto porque as direcções dos nossos sindicatos acabam por aceitar o quadro da Confederação Europeia dos Sindicatos, que afirma ser necessário "conciliar o desenvolvimento com o pagamento da dívida", a dívida que os governos contraíram para salvar os banqueiros e os especuladores da bancarrota?!

Como conciliar uma política de trabalho – assente em direitos para todos, na defesa do Serviço Nacional de Saúde, da Escola pública de qualidade, de todos os serviços públicos, de reformas e de salários dignos – com os interesses do capital financeiro que chantageia o povo trabalhador português e dos outros países da Europa com a subida das taxas de juro e com a ameaça de bancarrota?

Então, não é preciso exigir a nacionalização sem indemnização dos bancos?

Todos os trabalhadores da Europa estão no mesmo barco

Procuremos, em conjunto, encontrar a forma de superar os obstáculos da divisão e dos "consensos"

Conferência Operária em Berlim

As medidas brutais de espoliação dos trabalhadores e dos povos – e de destruição das próprias nações – são comuns a todos os países da Europa. E, em toda a Europa, são também comuns os obstáculos à realização da unidade das fileiras operárias. Em toda a Europa são comuns os obstáculos à ruptura dos consensos com esta política ditada pelo FMI e pela União Europeia.

Por isso, se torna cada vez mais evidente a necessidade de uma acção comum entre os trabalhadores de todos os países da Europa, para procurar superar os obstáculos e abrir o caminho à construção das bases de uma União Livre e solidária das nações, no respeito pela soberania e identidade nacional de cada povo.

Neste sentido, ganha cada vez mais força a proposta de militantes operários da Alemanha – membros de direcções sindicais e de comissões operárias do Partido Social-Democrata (SPD) – apelando para a realização de uma Conferência operária em Berlim, a 19 e 20 de Junho, na qual deverão reunir-se delegações de militantes da maior parte dos países de toda a Europa.

O POUS apoia esta iniciativa e apela aos militantes portugueses que com ela concordem a participarem na sua preparação, através da Comissão pela Proibição dos despedimentos. O POUS espera que essa Conferência seja um espaço no qual possam ser debatidas as dificuldades que estão colocadas em todos os países à luta dos trabalhadores, de forma a poder ser dado um passo na via da construção de uma Aliança dos Trabalhadores e das suas Organizações, à escala de toda a Europa.

29 de Maio de 2010

O Secretariado do POUS


 

Sede: Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, 1250 – 217 Lisboa

http://pous4.no.sapo.pt - email: pous4@sapo.pt

segunda-feira, 17 de maio de 2010

COMISSÃO PELA PROIBIÇÃO DOS DESPEDIMENTOS

http://proibicaodosdespedimentos.blogspot.com


Sim a uma aliança dos trabalhadores e das suas organizações,

à escala de toda a Europa

Sim à participação na Conferência operária europeia, de 19 e 20 de Junho, em Berlim

Rejeição dos PECs ditados pelo FMI e pelas instituições da União Europeia


 

Militantes pertencentes a diferentes organizações de trabalhadores – sindicatos e comissões de trabalhadores, de Portugal e de Espanha – reunimos, a 9 de Maio em Lisboa, para em conjunto respondermos à carta de militantes da Alemanha apelando para a realização de uma Conferência europeia de urgência, onde afirmam:

"É impensável deixar aos nossos inimigos a vantagem dos acordos e decisões que eles tomam – nas instâncias da União Europeia – contra os nossos povos. Elaboremos, nós próprios, um «pacto operário», a fim de melhor nos armarmos para os combates a que temos de responder de imediato."


 

Caros camaradas alemães,


 

Vocês dirigem-se aos trabalhadores de toda a Europa, em especial aos da Grécia, de Espanha e de Portugal, alvo da ferocidade das agências de notação, instigadas pelos especuladores, para nos extorquirem a riqueza que sai do nosso trabalho, sacrificando com isso empregos, direitos, os serviços públicos, e as bases da democracia e da soberania nacional.

Nós assistimos às mobilizações contínuas da classe operária grega para impor a retirada desta ofensiva.

Em cada um dos nossos países, os processos de mobilização estão também em marcha, perante os ataques contidos nos PECs que os governos de Portugal e de Espanha se propõem pôr em prática. Eles constituem uma bateria de medidas – que podem ser continuamente aprofundadas – e cujas consequências serão o aumento do desemprego e da precariedade, a privatização e/ou o encerramento de muitos serviços públicos, um ataque sem precedentes às pensões de reforma, aos subsídios de desemprego, aos apoios sociais, bem como a retirada aos nossos países de instrumentos fundamentais para reconstruírem as economias nacionais, ao ser privatizado o que resta das suas empresas públicas.

Os governos aterrorizam os povos, afirmando que não há outra solução para acalmar os mercados, sob pena dos nossos países caírem na bancarrota.

Mas os remédios que todos se propõem aplicar, no quadro da subserviência às instituições da União Europeia, são por demais conhecidos dos povos de Espanha e de Portugal.

Em Espanha, já foram destruídas as principais indústrias (a siderurgia, a construção naval, os têxteis e a electrónica) e desapareceu metade das explorações agrárias. Há 4,5 milhões de desempregados, estando mais de metade dos jovens no desemprego.

Portugal é uma nação arrasada, com o seu aparelho produtivo e mercado nacional quase todo destruído, em consequência da aplicação das medidas ditadas pela União Europeia. E, agora, é a redução drástica do custo do trabalho através dos despedimentos em massa, da precariedade e da redução dos subsídios de desemprego.

É assim que estes novos PECs, se os governos os conseguirem aplicar, deixarão os nossos países numa situação inimaginável, de enorme pobreza, de contínua decomposição social e de destruição das bases da democracia.

Os governos temem a resposta dos trabalhadores e das populações a esta ofensiva e, por isso, procuram – a todo o preço – atrelar as nossas organizações à sua aplicação, sob a forma de consensos e acordos, jogando ora com umas ora com outras.

Mas não pode haver nenhum consenso, nenhuma concertação, para aplicar as políticas do FMI e do BCE!

Não pode haver consenso para extorquir mais dinheiro aos povos de cada país, para satisfazer as exigências dos especuladores, sob todas as formas, incluindo a dos empréstimos ao governo grego, com a condição deste se comprometer a desencadear o maior ataque ao povo trabalhador e à nação grega.

Não pode haver qualquer consenso das nossas organizações operárias com os governos que fazem tão grande ataque, cavando a destruição de todas as conquistas sociais, a produção de riqueza, a democracia e a soberania dos nossos países.

O consenso entre os trabalhadores e as suas organizações é o da procura dos caminhos da frente única na luta para podermos defender os postos de trabalho, a Segurança Social, a Escola Pública, o sistema de saúde e todos os outros serviços públicos, bem como todas as conquistas sociais da Administração Pública.

Para alguns de nós, a realização destes objectivos põe na ordem do dia a ruptura com as instituições da União Europeia e os seus tratados (do de Maastricht ao de Lisboa).

Para outros, por enquanto, esta premissa faz parte da discussão a ter no seio do movimento operário, visando encontrar os caminhos da reconstrução dos países da Europa, no quadro da mundialização da economia.

Mas, uns e outros partilhamos a ideia de que é necessária a socialização dos sectores estratégicos das respectivas economias nacionais – como é o caso da Banca – para os colocar ao serviço da organização racional da produção, com base numa cooperação solidária entre os povos.

O que implica a formação de governos libertos do espartilho das instituições subordinadas à ditadura do capital financeiro – governos que tenham a audácia de nacionalizar os sectores estratégicos da indústria, de restabelecer os serviços públicos e todas as infra-estruturas públicas, e que, deste modo, assegurem a sobrevivência de milhões de famílias de trabalhadores.

Como vocês dizem, caros camaradas da Alemanha, "nunca os nossos destinos estiveram tão intimamente ligados"; ligados na acção para procurar a frente única de todas as organizações do trabalhadores, independentemente da corrente sindical ou político-partidária em que se coloquem, mas todas partilhando o mesmo objectivo – defender a independência das organizações operárias, defender os postos de trabalho com direitos, as pensões de reforma, os subsídios de desemprego e todos os outros apoios sociais, a Escola Pública, os sistemas de Saúde e de Justiça, bem como todos os outros serviços públicos, rejeitando os "Programas de Estabilidade e Crescimento", para abrir a via à construção das bases da União Livre das Nações Soberanas da Europa.

É com esta convicção que respondemos positivamente à Conferência por vocês proposta, divulgando-a entre os trabalhadores e organizações dos nossos países, e procurando enriquecê-la com as contribuições que os nossos delegados apresentarão nessa Conferência.


 

Os primeiros signatários: Adélia Mendes Gatoeiro (Delegada sindical do STIV, na empresa Santos Barosa); António Aires Rodrigues (dirigente do POUS); Ana Tavares da Silva (membro do SPGL/CGTP); António Castela* (Coordenador da Comissão de trabalhadores do sector das Alfândegas); Carlos Melo (membro do SBSI/UGT); Carmelinda Pereira (dirigente do POUS); Daniel Gatoeiro (operário químico); Dori Martin (trabalhadora do sector editorial, UGT de Madrid); Emanuel Rodrigues (professor aposentado, SPRC/CGTP); Fátima Martins* (militante do PS, dirigente do SITESE/UGT); Francisco Cepeda Gonzalez* (Comissão Executiva do Sindicato das Artes Gráficas da Federação de Serviços à cidadania – CCOO de Madrid); Helena Carvalho (membro do SINTAP/UGT); Jaime Crespo (membro do Bloco de esquerda, SPGL); Joaquim Pagarete* (Comissão Coordenadora dos Aposentados do SPGL); José Marques Guimarães (membro do STE); José Santana Henriques (aposentado do Círculo de Leitores, CESP/CGTP); José Simões (vidreiro); Luis González* (Conselho Confederal Nacional das CCOO, do sector da Saúde – Sevilha); Pepi Afonso (professora, CCOO de Madrid); Rosa Pereira (professora aposentada).


 

* A título individual


 

Convite para participação na Conferência europeia

de 19/20 de Junho de 2010

«Nós, sindicalistas, social-democratas, militantes do movimento operário dirigimo-nos aos nossos colegas em toda a Europa para os convidar para um Encontro de urgência, que consideramos indispensável face ao desenvolvimento dramático da situação.

Dirigimo-nos particularmente aos nossos colegas da Grécia, de Portugal e de Espanha… países que se encontram sob o fogo cerrado das agências de notação e cujos respectivos governos (Papandreu, Sócrates e Zapatero) decidiram levar à prática planos estruturais, todos eles igualmente assassinos, para "assegurar a estabilidade e o crescimento". (…)

Onde vamos parar?

Acusamos todos aqueles que, durante anos a fio, repetiram discursos sobre «a paz, a amizade e a fraternidade entre os povos» para justificar os sacrifícios que a União Europeia e o euro exigiam aos trabalhadores.

Nós acusamo-los porque são eles que hoje levam a cabo aqueles discursos chauvinistas, ou são os seus instigadores. No nosso país, ousam acusar os trabalhadores e a maioria do povo de apoiar Merkel, quando esta impõe condições draconianas aos empréstimos a conceder à Grécia.

Como se os biliões em questão fossem destinados a ajudar o povo grego, como se estas somas colossais não fossem exclusivamente destinadas aos especuladores. (…)

Eles exigem reduções drásticas em todos os orçamentos públicos, a privatização de tudo o que puder ser privatizado. Fizeram da Europa – de todas as nossas grandes e históricas conquistas sociais, a Leste como a Oeste – um campo de ruínas. Eis o resultado da União Europeia. (…)

O nosso destino nunca esteve tão estreitamente ligado. É por resta razão que tomamos a iniciativa de vos convidar, imediatamente, para um primeiro Encontro – cujo objectivo é estabelecer uma cooperação permanente para a realização das tarefas com que todos estamos confrontados.

É impensável deixar aos nossos inimigos a vantagem da colaboração que eles desenvolvem – nas instâncias da União Europeia – contra os nossos povos. Elaboremos, nós próprios, um "pacto operário", a fim de melhor nos armarmos para os combates a que temos de responder de imediato.»


 

Primeiros signatários:

Colónia - Matthias Cornely, membro do IGMetall (Sindicato dos Metalúrgicos), Presidente do Conselho de Empresa; Paul Paternoga, IGMetall, Presidente do Conselho de Empresa, membro da Direcção Regional das Comissões Operárias (AfA) do SPD; Metin Mert, IGMetall, membro do Conselho de Empresa; Henning Frey, Sindicato dos Professores (GEW), membro do SPD; Winfried Sichelt (antigo trabalhador da Opel).

Düsseldorf - Mirco Kischkat, membro do SPD, Vice-presidente da Associação Local das AFA e membro do Secretariado Regional da Juventude do ver.di (Sindicato dos Serviços Públicos) na Renânia do Norte-Westfália; Peter Kreutler, membro das AfA do SPD, membro do ver.di; Wolfgang Freitag, membro do IGMetall e do Conselho de Empresa; Dirk Weiß, SPD, Sindicato das Minas, da Química e da Energia (IG BCE), membro do Conselho de Empresa; H.-W. Schuster, delegado do pessoal, membro do ver.di, Presidente das AFA do sub-distrito de Düsseldorf.

Berlim- Rainer Döring, membro da Direcção do ver.di do distrito de Berlim; Kerstin Fürst, delegado do pessoal, Sindicato dos Ferroviários (Transnet); Peter Polke, membro do Conselho de Empresa e do Transnet; Gotthard Krupp, membro da Direcção Distrital do ver.di, membro da Direcção Regional da AfA; Volker Prasuhn, membro do ver.di, membro da Direcção da AfA do Estado de Berlim; Monika Wernecke, membro do ver.di; Herbert Wernecke, membro do ver.di; Gerlinde Schermer, membro do SPD; Peter Jaremischak, desempregado.

Erfurt - Klaus Schüller, Secretário da Central Sindical (DGB), membro da Direcção Regional da AfA de Thuringe.

Chemnitz - Gaby Hahn, delegado do pessoal do ver.di, SPD, membro da Direcção Regional da AfA de Saxe.

Leipzig - Cornelia Matztke, médica; Heike Böhm, membro do SPD, membro do Conselho Municipal de Leipzig.

Wismar - Lothar Hesse, ex- Secretário do ver.di. 


 

Contactos: Carmelinda Pereira TM - 96 636 81 65        Paula Montez TM – 96 763 63 41

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Comunicado 1º de Maio - DIA do TRABALHADOR


COMISSÃO PELA PROIBIÇÃO DOS DESPEDIMENTOS

Viva o Primeiro de Maio!
Viva a Solidariedade Operária!
“ Primeiro, foram ao Orçamento do Estado e raparam o dinheiro vivo para o meter nos bolsos dos detentores do capital, para aumentar a sua riqueza!
É o maior roubo organizado da História da Humanidade! É preciso reagir a isto!”
Carvalho da Silva
E agora? Depois de terem feito crescer o número de trabalhadores no desemprego para mais de 700 mil, só em Portugal, de mandarem para a emigração mais de 100 mil por ano, pretendem atacar os subsídios de desemprego daqueles que os auferem, como se estes fossem os responsáveis pela crise, e como se não estivessem a receber aquilo para que descontaram.
Tudo isto para baixar ainda mais o custo do trabalho e diminuir as receitas da Segurança Social!
Em Portugal, como em todos os outros países da Europa, é a mesma ofensiva!
Então, para reagir de forma eficaz, para romper este cerco do capitalismo em decomposição, para impor a rejeição de todos os PEC, não é necessário a aposta na independência das nossas organizações sindicais face às instituições da União Europeia e do FMI, e procurar a sua união para um pacto solidário de todos os povos da Europa?
Este é o sentido do trabalho desenvolvido pela «Comissão pela Proibição dos Despedimentos e pela rejeição do PEC». É o sentido do apelo de militantes membros de comissões operárias do SPD e de sindicatos da Alemanha, para uma Conferência Operária a realizar a 19 e 20 de Junho, em Berlim.
Para dar a sua parte na construção da mesma, militantes portugueses e espanhóis irão encontrar-se para uma resposta comum, ao mesmo tempo que darão conta de toda esta actividade ao maior número de organizações sindicais, de comissões de trabalhadores e de partidos que se reclamam da defesa das conquistas de Abril e de políticas socialistas.
Se estás de acordo com estas iniciativas,
Adere à Comissão pela Proibição dos Despedimentos e pela Rejeição do PEC

Contactos:  Carmelinda Pereira TM -  966368165              Paula Montez TM - 967636341